Provável surto de ebola mata 13 na República Democrática do Congo
Quatro testes para a doença deram positivo, diz ONG.
Equipe de especialistas tenta conter o surto.
Apesar de mais de 20 amostras sanguíneas serem enviadas a diferentes laboratórios da capital congolesa, Kinshasa, e a outros da África do Sul e Gabão, por enquanto somente quatro delas deram positivo no teste de ebola, segundo a organização.
A MSF especifica, no entanto, que ainda se desconhecem os resultados dos exames realizados nos 13 mortos.
Uma equipe de 18 especialistas enviados pela MSF à área do surto tenta controlar a expansão do surto.
A febre do vírus ebola, que se manifesta com febre, vômitos e diarréias hemorrágicas, adquire seu nome do rio Ebola, no noroeste da RDC, onde foi identificado pela primeira vez, em 1976, quando 280 pessoas morreram na localidade de Yambuku.
A MSF concentra seus esforços em isolar e fornecer remédios e atendimento psicológico às pessoas infectadas em um centro da localidade de Kampungu, perto de Kaluamba, epicentro do surto na província de Kasai Ocidental.
Em segundo lugar, trata de seguir a evolução de cerca de 200 pessoas que mantiveram contato com doentes.
Ao mesmo tempo, desenvolve uma campanha educativa sobre o vírus entre a população e oferece assistência médica gratuita na área afetada pelo surto, a fim de superar as barreiras financeiras que impedem as famílias de manter cuidados sanitários.
O ebola é altamente contagioso e o vírus predominante na RDC, denominado Ebola Zaire, tem um índice de mortandade entre 60% e 90%. Tanto parentes dos pacientes quanto o próprio pessoal sanitário são expostos a um possível contágio.
Em 2007, também na região de Kasai Ocidental, a febre ebola matou 187 pessoas. Outro surto grave de ebola na RDC foi o registrado em 1995 na localidade de Kikwit, onde morreram 245 de um total de 315 pessoas infectadas.
A reaparição do ebola na RDC é um problema a mais na crítica situação humanitária que sofre o país, onde os últimos confrontos entre os soldados dos rebeldes do Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP) e as tropas governamentais obrigaram mais de 250 mil pessoas a deixarem suas casas no interior do país.´Fonte: g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL946591-5602,00.html
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