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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ataque israelense em escola mata 30 em Gaza, diz ONU

Ataque israelense em escola mata 30 em Gaza, diz ONU
Homem leva criança ferida depois de ataque contra escola na Faixa e Gaza
Segundo médicos, o número de mortos e feridos deve aumentar
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que pelo menos 30 pessoas morreram e 55 ficaram feridas em um ataque israelense que atingiu uma escola dirigida pela organização na Faixa de Gaza.

Várias crianças estariam entre os mortos na escola al-Fakhura, no campo de refugiados de Jabaliya, norte da Faixa de Gaza, que foi atingido diretamente, segundo médicos dos hospitais próximos do ataque.

A ONU pediu a realização de uma investigação independente sobre o episódio.

Fontes médicas palestinas dizem que o número de mortos chega a 40, segundo a correspondente da BBC em Jerusalém Bethany Bell.

De acordo com Bell, os feridos foram levados a dois hospitais. Médicos do hospital Kamal Adwan, em Beit Lahiya, informaram que 30 pessoas morreram no ataque aéreo. Médicos do hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza, dizem que outros dez corpos foram levados para lá.

Segundo testemunhas, pelo menos um míssil israelense atingiu a escola na tarde desta terça-feira, causando uma grande explosão e espalhando fragmentos entre as pessoas dentro e fora do edifício.

Centenas de pessoas estavam dentro da escola administrada pela ONU tentando se abrigar dos combates entre soldados israelenses e militantes que ocorrem nos arredores do campo de refugiados, ao leste da Cidade de Gaza.

Insegurança

Um porta-voz do governo israelense, Mark Regev, disse em entrevista à BBC que Israel ainda está investigando detalhes do episódio.

"Nós sabemos que houve uma explosão feroz e nós acreditamos que foi fora dos padrões que nós usamos. Saberemos mais à medida que a investigação avançar", disse Regev.

"Nós temos de ser cuidadosos, saber exatamente o que aconteceu. Eu posso dizer, de maneira inequívoca, que Israel não tem como alvo civis inocentes", afirmou.

"Nós estávamos respondendo a fogo hostil vindo do prédio e, infelizmente, e a própria ONU reclamou disso, alguns dos grupos terroristas como o Hamas e outros usaram, exploraram, eu diria, instalações da ONU como essa escola no passado para atirar contra Israel. Então, não seria uma situação sem precedentes."

Este é o segundo ataque aéreo israelense contra uma escola administrada pela ONU. Nesta terça-feira pelo menos três palestinos foram mortos quando uma escola foi atingida no campo de Bureij, segundo autoridades da ONU.

Depois do primeiro ataque, o diretor da agência de ajuda da ONU (UNRWA, na sigla em inglês), John Ging, afirmou que as condições na Faixa de Gaza são "horríveis".

"Esta é uma situação muito, muito trágica. É sem precedentes na escala e sem precedentes na futilidade. É conflito desnecessário e completamente sem justificativa", afirmou.

"Nenhum lugar é seguro para civis aqui na Faixa de Gaza. Eles estão fugindo de suas casas e eles estão certos quando se analisa o número de feridos."

"Está muito perigoso, e mesmo as 14 mil pessoas que procuraram proteção em nossas escolas e abrigos não estão seguras", acrescentou.

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