Mais de 600 palestinos já morreram desde início de ação israelense |
O governo israelense disse que haverá uma pausa diária nos ataques para permitir que a população de Gaza possa receber auxílio médico e suprimentos.
O grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, também disse que não vai lançar foguetes contra o território israelense durante essas pausas diárias.
Nesta quarta-feira, o governo israelense disse que concordou "em princípio" com um plano de cessar-fogo para Gaza.
Um porta-voz do governo israelense, Mark Regev, disse que Israel recebeu bem o plano apresentado pela França e pelo Egito. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou que a Autoridade Palestina também concordou com a proposta.
Um membro do alto escalão do Hamas disse à BBC que, apesar de "sinais positivos", ainda não houve um acordo em relação ao plano do cessar-fogo. A Autoridade Palestina é controlada pelo Fatah, grupo rival do Hamas.
Vítimas
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas e do Ministério da Saúde palestino, mais de 600 palestinos morreram desde o início da operação militar israelense, em 27 de dezembro. Entre as vítimas estão pelo menos 205 crianças, segundo fontes palestinas.
Segundo o governo israelense, sete de seus soldados foram mortos desde o início da ação e quatro israelenses morreram em decorrência de foguetes lançados por militantes palestinos.
Israel diz que o objetivo da ação militar em Gaza é fazer com que os militantes parem de lançar foguetes contra seu território.
O anúncio das pausas diárias de três horas nos bombardeios veio depois da decisão de Israel de aceitar a criação de um corredor para permitir o envio de suprimentos ao território palestino, onde vivem 1,5 milhão de palestinos.
A decisão de permitir a criação de um corredor para levar ajuda aos habitantes da Faixa de Gaza foi anunciada pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
Segundo o governo, Israel vai abrir algumas áreas "por períodos limitados de tempo, durante os quais a população vai poder receber ajuda".
A intenção da proposta, segundo o gabinete de Olmert, é "evitar uma crise humana" na região. Israel vai suspender ataques contra áreas específicas de Gaza para permitir que os habitantes possam receber e estocar produtos de primeira necessidade.
Para John Ging, da agência de auxílio aos refugiados palestinos das Nações Unidas, a oferta israelense é um avanço na crise, mas a prioridade continua sendo o fim da violência na região.
Fonte:BBC Brasil
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