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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Israel anunciou que fará pausas diárias de três horas nos bombardeios na Faixa de Gaza a partir desta quarta-feira.

Artilharia israelense ao sul de Gaza no dia 6 de janeiro (AP)
Israel continua sua ofensiva contra grupo militante palestino
Israel anunciou que fará pausas diárias de três horas nos bombardeios na Faixa de Gaza a partir desta quarta-feira.

O anúncio veio depois da decisão de Israel de aceitar a criação de um corredor para permitir o envio de suprimentos ao território palestino, onde vivem 1,5 milhão de palestinos.

O gabinete de governo israelense deve analisar nesta quarta-feira uma proposta de cessar-fogo encaminhada pela França e pelo Egito e que conta com amplo apoio da comunidade internacional.

Apresentado durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU em Nova York, na noite de terça-feira pelo presidente egípcio, Hosni Mubarak, e pelo líder francês, Nicolas Sarkozy, o plano prevê a retomada do envio de ajuda humanitária a Gaza e negociações a respeito da segurança na fronteira entre israelenses e palestinos.

A proposta foi bem recebida pela secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, que pediu por uma trégua que seja “durável e que garanta a segurança”.

Segundo a correspondente da BBC Laura Trevelyan, a proposta pode representar um esboço de um possível acordo diplomático.

A embaixadora de Israel na ONU, Gabriela Shalev, não comentou se Israel aceitaria a proposta, mas afirmou que ela “seria levada a sério”. A proposta também recebeu apoio do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

Durante a reunião na sede das Nações Unidas, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, reiterou um pedido de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza

Ban criticou Israel pelos bombardeios em Gaza e o grupo militante palestino Hamas por lançar foguetes contra o país.

Corredor humanitário

A decisão de permitir a criação de um corredor para levar ajuda aos habitantes da Faixa de Gaza foi anunciada da Faixa de Gaza pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.

Segundo o governo, Israel vai abrir algumas áreas “por períodos limitados de tempo durante os quais a população vai poder receber ajuda”.

A intenção da proposta, segundo o gabinete de Olmert, é “evitar uma crise humana” na região.

Pelo plano, Israel vai suspender ataques contra áreas específicas de Gaza para permitir que os habitantes possam receber e estocar produtos de primeira necessidade.

Para John Ging, da agência de auxílio aos refugiados palestinos das Nações Unidas, a oferta israelense é um avanço na crise, mas a prioridade continua sendo o fim da violência na região.

Ataque contra escola

Na terça-feira, um ataque israelense contra uma escola, que segundo Israel serviria de esconderijo para militantes, deixou pelo menos 30 mortos e outros 55 feridos, segundo a ONU.

A ONU afirma que a escola Al-Fakhura, no campo de refugiados de Jabaliya, estava sendo usada como refúgio por centenas de civis palestinos quando foi atingida pelo ataque israelense.

Militares israelenses afirmam que seus soldados foram atacados com morteiros por militantes que estavam dentro da escola.

Um porta-voz do Hamas, no entanto, negou que alguém tenha empreendido ataques de dentro do prédio.

Autoridades médicas palestinas afirmam que 595 pessoas, entre elas 195 crianças, já morreram desde o início da ofensiva de Israel contra Gaza.

O número de mortos na região, no entanto, não pode ser verificado de maneira independente, na medida em que Israel não permite a entrada de jornalistas em Gaza.

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